quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

poema gótico



E no momento sepulcral
Do enterro do meu corpo
Encontrarei a paz afinal
pois enfim estarei morto

De que me vale a juventude
Se a desperdiço pensando
Jovem sem atitude
Por pensar demais vai definhando

Sinto falta do que nunca tive
Quero coisas que nunca vi
Conheço lugares onde nunca estive
Sinto saudades de um tempo que não vivi

A dor e a angústia me consomem
Desespero maior não existe
Como pode alguém tão jovem
Dizer palavras tão tristes

O sombrio cemitério
E seu aspecto mortuário
É o fúnebre império
Do coveiro solitário

Eu sou a vida e a morte
Ambas habitam minha mente
Não sou fraco, nem sou forte
Sou simplesmente diferente
Minha vida é cheia de sonhos
Que nunca se tornam realidade
Minha mente é povoada de demônios
Sou vítima de minha insanidade

Não notarão quando eu houver partido
Pois morrerei uma morte sem sentido
Como se eu nunca tivesse existido
Eu morrerei, porém sem nunca ter vivido

Estas figuras angelicais,
Que compõem esta doce paisagem,
Não estragarei mais,
Com minha sombria imagem.

Sonhei com você noite passada
Mas sonhos não valem nada
Pois sonhos são pura ilusão
E na vida sempre predomina a razão.







A pedido de Roberto!


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