domingo, 19 de setembro de 2010

variável interveniente

Se quis um dia duvidar da  inter-funcionalidade da dicotomia mente-corpo, hoje sei que não posso mais. Mente e corpo são indissociáveis, no meu caso. Tudo que acontece a minha mente é antes sentido, de alguma forma, pelo meu corpo e volta a ele, com uma resposta, que meu cérebro se encarrega de formular. Eles se correspondem cada qual a sua maneira, sinto o mundo por ambos, o mundo de venturas e desventuras.
As vezes o corpo pede mais, quer experimentar o mundo, e a mente é seduzida, todas as sensações parecem tão boas, que não parecem trazer risco algum e ambos se aventuram, experimentam, mas sinto que por vezes sugem variáveis intervenientes, o que parecia ter sido apenas pedidos de um corpo que é atraído por novas sensações, parece ter sido também uma exigência de uma mente, que precisa de sentir, que tem emoções por sua vez, essas parecem ser uma ameaça às sensações, pois direcionam as experiências, fazem com que o corpo, que antes queria apenas experimentar, queira agora continuar em uma sensação, limitada a um objetos.
Assim, mente e corpo tentam achar um ponto de contato, um lugar onde ambos se encontrem, apesar de impulsionados, ora por um, ora por outro. Algumas vezes, um sofre pela necessidade do outro e vice versa, e logo tenta se recompor de algum modo. 
O que me parece é que tem aí uma variável que não previa, que minha mente tentou identificar, inutilmente e não encontrando-a permitiu vazão aos sentidos e às emoções, emoções essas que se alteram no decorrer, o que era alegria transverte-se em sofrimento e o que era pesar, se torna felicidade!
O fato é que não sei, quem tem forças maior nessa dialética, e até que ponto medio as forças! Sei que as vezes sofro e algumas, precipitadamente, algumas me sinto bem.

2 comentários:

Júnior de Paiva / Dish disse...

"O que me parece é que tem aí uma variável que não previa, que minha mente tentou identificar, inutilmente e não encontrando-a permitiu vazão aos sentidos e às emoções, emoções essas que se alteram no decorrer, o que era alegria transverte-se em sofrimento e o que era pesar, se torna felicidade!"

Você escreve sobre um misto de tanta coisa bela e poética!
Pode me add no orkut?
Gosto muito do seu blog!
Beijos!

Júnior de Paiva / Dish disse...

Belas palavras!

dez_interessantes

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