quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NOiTe

Há dias em que a noite cheira tão bem, não o cheiro embriagante das pessoas com seu porte ao caminhar. Não pelo ébrio licor vendido em qualquer lugar, ás vezes apenas o cheiro da magrugada, que não se sabe de onde vêm, sendo assim no mínimo, o esvaecer de um dia e nascer de outro, a hora mesma do começo e do fim.

Quiz eu caminhar lá fora e me perder por aí,

souberas tu que fiquei em casa a te encontrar em tudo que ví.

Antes de fato saisse e fosse até à lua um conselho pedir,

mas essa tão apressada, do céu logo teria que ir,

se encontrar com o sol do outro lado a sorrir

ambos em sua plenitude mantém o que trazem de sí.

Não alteram sua existência sempre estarão bem alí

Seu caminho… percorreram, a vida deve seguir.

[…]

Quiz eu sair pela rua, agora ainda cedo da noite

mas ainda não me adaptei: o frio, a solidão… um afronte

não tive tempo de excluir o medo, esse açoite

que ao meu primeiro passo avisa dos perigos de seguir adiante

não me desvencilhei da ilusória segurança que era minha fonte

e agora não saio para rua e a rua que não me encontre

pois eu na minha pequenez, não soube ser nada além do ontem

fui apenas parte de algo demasiadamente estanque

eu que não encontre a lua e ela que não me encante

eu que não vá até a lua e ela compulsoriamente me engane.

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