quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Fé lis, para sem pre(ssa)!

Eis-me aqui, no meu solilóquio esporádico... Vacilante entre escrever aqui, ou não. Os "prós", são só meus, pra mim tanto faz as potocas que eu colocar aqui, os "contra" são seus, e deles... Coisas como, péssima escrita, exposição desnecessária, falta de relevância ("uma bobagem uma irrelevância, coisas que pareceriam obvias até pra uma criança"). 
Dito isto, uma repreensão internalizada... a memória de ouvir professores recomendando a não exposição pública... bem, talvez eu não seja tão obediente e não almeje o lugar deles (ou o caminho trilhado pelos mestres), falta-me sabedoria, fato. 
 Eu ainda não sei o que me faz vir aqui, o que me faz escrever, talvez a falta de escuta..., ou o excesso de dizer....
Não sei qual a real fantasia presente no ato,  mas a minha, ronda em torno de materializar o que me afeta, e afetos mais incômodos são sempre o foco, escrevo também para lembrar do que senti, pra criar, enfim... não tenho feito isso, as vezes me sinto como uma velhinha que tenta lembrar de algo em vão, velhinha também para acompanhar os demais, para aceitar, ser tolerante com certos desrespeitos, acho que é isso, estou velha.
Voltando ao incômodo, (lembrei de Los Hermanos "sei do incômodo e ela tem razão..." ) algumas coisas me incomodaram hoje, além dos eternos incômodos do dia a dia:
Não bastasse estar atrasada na faculdade um ano já, estamos pra mais do meio do ano e semana que vêm começam as aulas. Me inscrevi em sete matérias, mas esse semestre tenho que escrever o TCC, tinha planos de fazer nas férias, mas vejam ( um mês e meio se passou), cá estou. Nada feito! Ia começar hoje, maas... descolori o cabelo no lugar disso, de amanha não passa, vou com tudo(tenho três meses agora, óh! que tempão!)... assim espero. Esse é o dilema de todos os dias, as matérias da faculdade que parece não acabar mais, a falta de um emprego, i.e. dinheiro, sem hobby, sem roupas legais, mimimi...
Além desses pormenores hoje uma notícia me incomodou, quebrou o vidro do marasmo que havia se instalado e me atingiu. Um laço foi reatado, não devia me entristecer com isso, mas... para apresentar o fato, vou "fantasiar". Algo que devia exercitar mais, o "fabular" já que nada vem sendo criado.... o resultado do que vou escrever aqui já se sabe, nada bom, mas quem está aqui para avaliar? Eu não!

Era uma vez... eu...  que há menos de uma semana caminhava no sol quente do reino e avistei uma árvore, então, cansada dado o sedentarismo me sentei sob sua sombra.
Encontrei então um trevinho de quatro folhas, colhi, levei para casa...
A noite o príncipe encantado (que havia "encalhado" há menos de sete horas) solicitou que participasse da corte(amizade no Facebook), eu muito contente, já ensaiei a valsa, mandei mensageiro no castelo da princesa pra ver se era verdade o romance desfeito e era. 
Mas de repente, a fada madrinha bate a minha porta, metamorfoseada em uma amiga semi bêbada, que já havia passado na adega do reino e trazia uma garrafa de um bom rum, chorosa e desprezada me deu um conselho que "zé ninguém" segue: " cuidado amiga, pode ser mais uma daquelas, olha só como eu estou. Juro que não caio mais...!" (Ok... sei, a gente sempre diz que não vai se deixar levar e quando vê....) 
O feitiço da varinha do príncipe passou (kkkkkkkk) e coloquei um pouquinho de "razão" no caldeirão das memórias e lembrei de quem ele realmente é, afinal eu não sou "ninguém" ou "todo mundo" pra seguir o script ( ahan... tá!)
.... Eu não aceitei o pedido, mas continuei ensaiando a valsa, afinal, pode ser que ele apareça no vilarejo, lutando contra todos os feitiços e afins... Ahan... (Nada disso! ) Confesso, fiquei esperando ele aparecer, mas... 
Hoje saiu a notícia pela língua do povo do vilarejo, o príncipe voltou com a princesa, pobre de mim! Pobre mesmo! Nem sei quem sou nessa história! Nem sei se devia ser uma história! 
Pelo menos hoje, nos pátios do castelo, há um feliz para SEM pre! Não sei se dura, mas se for como sempre foi contada, a história vai se repetir, o fato, é que não quero mais esse conto de fadas, afinal, minha fada nem é fada, e o príncipe... melhor não (kkkk) 

Eu sigo, Fé lis, para sem pre(ssa)!


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Eu Amy e o cup noodles

 
vc percebe que estar só, é querer sair com um parente pq n tem mais amigos que saiam com vc!
Aí esse parente tem outros amigos, que tem assuntos interessantes… tem interesse em pessoas que não fazem parte do seu assunto, e logo, ele discretamente não pode te fazer companhia!
Em uma analise mais profunda de vc, vc percebe que seus relacionamentos não dão certo, em nível nenhum, que em algum momento, ou vc cobra demais, ou se cansa, ou simplesmente se recusa…!
Vc tenta encontrar os motivos de estar só, e traz a tona os momentos de agressividade, de críticas às outras pessoas, de comparações de sí, de ato depreciação, de impotência e perda diante das comparações… vc cansa e se sente um lixo, de certa forma aí vc entende o pq de estar só!
Vc tenta fazer uma visita às suas escolhas e percebe que optou pouco, mas que as opções se fecharam e vc não têm pra onde fugir!
vc olha no espelho… mais comparações e algumas desistências, em poucos anos nada terá brilho, força, firmeza, enfim, o espelho mostrará a verdade que vc desejará ver ainda menos que a atual.
e por fim, você recorre ao argumento mais desesperado da humanidade: haver caráter, beleza interior, inteligência…. e se lembra das tantas vezes que o caráter tropeçou sôfrego no desejo de “se fuder” quem te causou algum dano, a beleza interior se tornou uma faísca sem sentido quando o julgamento depreciativo de mendigos e pedintes se ascendeu em um rompante, e a inteligência foi abatida pela soberba da ignorância em discursos sem fundamento e esmagada pela obesa preguiça com o intuito de impedir qualquer tentativa de construção da sapiência.
o que te restou diante de tudo isso, foi um computador que não te ouve, não resolve de fato seus problemas, muitos trabalhos a concluir, coca cola, cup noodles, e a combinação sofrível Amy Lee.... e a prova irrefutável do porque da solidão!







terça-feira, 19 de março de 2013

Apontamentos sobre Anticristo de Lars Von Trier.



“Tema o homem a mulher, quando a mulher odeia: porque, no fundo, o homem é simplesmente mau; mas a mulher é perversa”. Nietzsche

O filme se inicia com um momento da relação sexual de um casal, e  sua criança flagrando essas cenas que  vistas sob o olhar da leitura do complexo de Édipo, nos conduz ao ápice de um mau desfecho da constatação da impossibilidade de se ter a mãe diante do pai que a possui agora. Emerso na construção de cenas em preto e branco em movimento lento, vários elementos se colocam e possivelmente, consigo, significados que por vezes nos escapam, como a imagem de um urso de pelúcia amarrado pela mão a um balão voando, a atitude de bater o urso contra outro objeto e a queda do mesmo assim que a criança também cai. Três bonecos com as palavras: Pain, Grief, Dispeir, remetendo aos três mendigos que simbolizam dor, angústia e desespero e que fornecem os títulos de capítulos para o filme, simbolizados também por animais: um veado, uma raposa e um corvo que nos introduzem em uma aparente desordem e caos que se apresenta no filme, onde nossa mente é encaminhada a questionar desde nossas crenças morais, cristãs, até as circunstâncias desses preceitos na construção da nossa sociedade.
Mais a frente na trama, quando o marido ainda na tentativa de libertar sua mulher do sofrimento estando ele próprio na função do terapeuta, a leva em uma viagem de trem à uma viagem ainda mais profunda pelo que ela havia anteriormente representado como o que lhe causa medo, não é a principal fonte, mas lhe dá medo, cai na visão da floresta que não faz barulho algum, estando em cima de uma ponte, e novamente a imagem se torna lentificada, a mulher descreve estar caminhando para o outro lado da ponte, e que no lugar onde está a escuridão chega rápido, podemos fazer alusão ao seu interior, onde jaz agora escuridão, dor, luto, sendo ainda o lugar de onde ela teme e não consegue entrar. Mais uma vez nesse recorte aparece o símbolo veado que se esconde por entre as plantas, sendo então a representação da vulnerabilidade, da pureza, do choro, da dor, daquele que luta até o fim,” (SOERENSEN, & CORDEIRO, 2010. ) trazendo a imbricação desses sentimentos nesse psiquismo, ela diz ser fácil caminhar, como se quase tudo estivesse bem, ao alcançar os arredores da cabana é conduzida a se deitar na grama com alguma hesitação de sua parte se deita, e é impelida a se tornar verde, como o local, como que para se apropriar de parte do que teme, posteriormente estando nesse lugar de fato, faz um “treinamento” para enfrentar o medo, aparece a imagem dela caminhando por entre espinhos, que é exatamente o que os arredores da cabana representam para ela, um lugar difícil de caminhar, que lhe fere os pés.
A natureza é o verde, e é por isso que reluta em se deitar na grama e também em caminhar sobre ela, ela tenta negar a sua natureza mas o que tem sido feito é a imersão na mesma, somente pela natureza, sem os conceitos de culpa e medo, ela poderá se livrar dos seus sentimentos de dor, de luto.
O jardim, onde é forte o choro da criança, onde ela teme pisar é o mesmo jardim onde mostra a cena dela mesma colocando os sapatos trocados na criança que seria um contribuinte para a queda dele de cima da janela.
 A mulher apresenta resistência em manter a caminhada por entre a floresta, em direção ao jardim/cabana, e mais uma vez enquanto descansa, o marido sai pela floresta e se depara diante do cenário da natureza um cervo com a cria dependurada, remetendo mais uma vez à simbologia desse animal, que sofre em movimentos reduzidos, o terror do espectador e suas indagações emergem diante da face de espanto do marido. 
Outra cena que particularmente me chama a atenção é que enquanto dorme  as semente de carvalho ferem a mão direita do homem deixada sem consciência do lado de fora da janela, o carvalho também é carregado de significações e não me espanta ter sido usado, talvez propositalmente, nesse ponto:
A sua importância como meio de comunicação entre o Céu e a Terra, ou entre os homens e as divindades, é notória em muitas culturas. O carvalho tem uma grande relevância na simbologia bíblica. Abraão recebeu as revelações de Deus junto a um carvalho, tanto em Hébron como em Siquém. O Antigo Testamento mencionava também que a morada de Abraão em Hebrón era junto a um frondoso carvalho.
“Os celtas assumiram o carvalho como uma divindade e um símbolo de acolhimento ou lar e também uma espécie de templo,dado o seu forte tronco e os seus ramos e folhagens espessos. Por esta razão,na Irlanda, as igrejas eram chamadas de dairthech, "casas de carvalho", omesmo nome que entre os druidas significava bosque sagrado.” (infopédia)
Mais adiante a esposa fala sobre a simbologia do carvalho para si, sendo que esses demoram 100 anos para poder gerar um outro carvalho, e que suas sementes caem, e associando com o Édem fala sobre este ser descrito como belo, lugar inicial de pureza e criação, mas que pode ser o contrario, o homem também decaiu do Édem, com um ser desmerecedor dessa graça e para isso se faz necessária a vinda de um salvador. O que ela tenta colocar é que a natureza como é colocada de início, como cheia de beleza e pureza, pode ser na verdade a natureza a figura do horror.
A interpretação do marido diante desse relato é de que os pensamentos dela estão distorcendo a realidade e não o contrário. De que ela está errada, de que ele como na figura de um deus mantém a acepção tradicional das coisas e que ela está equivocada, sendo antideus, anticristo, anti-espirito-santo, que são três figuras em um só.
A partir desse momento a mulher se descobre aliviada de seus sintomas e o marido perplexo parece estar envolvido no psiquismo dela, na floresta, na cabana, parece estar completamente emaranhado, e desde antes, começa a ter revelações por meio das percepções ao redor do mundo psíquico da esposa. Ele cai de sua posição de detentor do saber, como a própria esposa vem denunciando ao longo da trama e se encontra fragilizado, mais uma vez se depara com um dos animais simbólicos em situação desesperadora, rasgando o próprio ventre, essa que é símbolo de algo que remete a sedução, rasga o ventre que é também lugar de gestação, pronunciando ainda a frase: “O caos reina.”.
A mulher em Von Trier se torna a natureza que se vinga, mas é também a detentora e apropriadora de todo sofrimento, se sacrificando ao fim.

Quando, no terceiro capitulo, aparece o tema que lhe dá titulo, a mulher se insere em uma conduta completamente obsessiva, e com a desculpa de que o homem vai fugir tenta prende-lo com um peso a seus pés. Novamente me remetendo à leitura mitológica, outros personagens tiveram seus pés furados, mas creio não haver sentido insistir em qualquer relação, tanto por não haver relações entre quem efetiva o ato e de quem sofre, seria ainda o oposto dessa relação.
Na tentativa de fuga, o marido se refugia no esconderijo que a mulher outrora havia descrito, e aí dentro encontra um corvo enterrado ainda com fôlego.
 “Corvo que marca a ideia de morte, guerra, magia o corvo estava presente nas batalhas, alimentando-se dos guerreiros mortos, o que simbolizava para os nórdicos o ceifador que levaria a Odin os escolhidos. Nesta mitologia, o corvo, então  simboliza aquele que carregará a alma dos mortos para o além.” (SOERENSEN, & CORDEIRO, 2010.)
O corvo traz a ligação entre o que é mal, o pecado e a morte.
Somos levados a todo o momento a pensar que a mulher irá matar o marido, mas no fim, após a dor que ele passa, consegue no fim, não intacto, sobreviver. A cena do mesmo colhendo frutos e comendo, pode nos levar a pensar no Édem de onde pode-se comer qualquer fruta, menos uma, a da árvore da sabedoria. As faces desfocadas de dezenas de mulheres andando morro acima, é como que pensar que toda foram “sacrificadas” em nome de algo, seja apenas por serem mulheres, ou por carregarem em sua essência aquilo que também é comum ao homem, a natureza má. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

N(ã)o hoje!

hoje eu queria deixar tudo de lado,

a respondabilidade, o medo, o necessário, a idade…

hoje só queria estar em um lugar,

lugar sem nome, mas com aromas, com cores,

com formas e sensações, lugar sem corpo, na verdade

existente nas reminicências do melhor de mim.

 

hoje eu queria cantar o velho mantra de trazer satisfações

deitada ao sofá como fizera antes,

me permitir esquecer, que o mantra não me trará nada

se não me levantar do sofá,

 

hoje queria ser criança

poder acreditar em contos de fadas,

sem me deixar ser interrompida pela praticidade da realidade,

sem ser alertada sobre a falha das estórias

em um “feliz para sempre”, sem nada mais,

com tudo que sei hoje é bem logico

que uma vida não é feita só de alegrias.

 

Hoje queria um mundo onde nomes não tem sentido

e não dizem quem é quem, ou melhor que outrém,

um mundo onde não importa o conceito

e sim o que se é sentido, mundo sem amarras,

onde eu não seria nada, não o nada que existe

que deve vir a ser algo

que resiste na inutilidade, diante da sociedade.

 

hoje estou presa nas grades da janela do  meu quarto

observando um cão que brinca, eu podia brincar com ele

mas tenho muito a fazer e pouco fôlego,

 

A vida, como se apresenta hoje

é um mar de muitas coisas jogadas ao acaso

e preciso agarrar-me ao máximo  das coisas

que flutuam nesse imenso oceano,

mesmo que por perto não esteja sempre o melhor

devo capturar o que for bom,

prender a mim e nadar um pouco mais.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

CaFé frio!

Esses dias em que se acorda devagar, tomando de gole em gole o café frio e velho,  esses goles são as horas com um péssimo gosto e passam numa lentidão desmotivadora.  Horas essas imaginadas já no momento do café matinal, quente e forte pensado para espantar desânimo e suas desventuras!
Esses dias são como o café frio que não se aproveita mais, sem aroma e com uma cor que engana. Tomado assim frio forte e puro, quase intragável!
São o resto do dia de ontem empurrado goela abaixo e se requentado, oxida e ganha um gosto férreo, café que se é tomado é por engano, por achar que era um novo que alguém teve a graça de fazer, ou tomado ainda pela miséria de espirito de não ter coragem de fazer outro ou de não ter mais pó, ou gás, qualquer dessas coisas das receitas do café _cada um com uma_.
Café frio que nada pode acompanhar, nada combina... café frio que nada rende, além da dor estomacal e pensamentos terríveis, sobre o ter, ser e querer, sobre a necessidade do açúcar, e de quaisquer graus de calor no líquido...

Tem sido dias a fio desse caFÉ frio!!


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Confissões de uma psicótica- Natalia Klein

Não preciso nem falar que me identifiquei com esse site e principalmente com o texto, só lamento não ser identificável o senso de humor com que o assunto é tratado! A minha psicose não deve ser tão adorável assim!

É, meu bem, não vou te enganar não. Sei do teu passado todo. E ele te condena. Li os comentários constrangedores que você postou há dez anos num fórum acerca de um possível teste de DNA para Darth Vader e Luke Skywalker, já que eles vivem no futuro e no futuro a tecnologia não pode funcionar só à base da Força. Vi sua classificação no vestibular da faculdade de medicina que você largou faz sete anos para ingressar em comunicação - de onde, aliás, você não saiu até hoje. Te vi no flog super miguxo daquela coisinha ninda adoradora da Hello Kitty que julgo (lamentavelmente) ser sua ex. E posso, inclusive, te adiantar que o peguete novo dela é mais bonito que você. Só que ele escreve errado. Você não. Sua ortografia é sempre impecável. Mesmo quando discorre sobre a saga de Star Wars. E você nunca escreveu aXxim, deXxi jeiTu fOfuxXxO.
Meu nome é Adorável Psicótica e eu sou uma xereta anônima. Xereta, com t. Caso contrário, meu problema seria outro. E eu não estaria aqui agora, escrevendo essa confissão descarada. Pode ter certeza que eu estaria fazendo algo bem mais útil e (re)produtivo. Mas, para o meu infortúnio (e talvez o seu também), cá estou. Uma xereta viciada, entregue ao submundo dos links, perdida na selva dos scrapbooks, sem lenço, sem documento - exceto a sua carteira de identidade que eu achei na internet, número 58765664-9, expedida pelo Detran. Não que eu tenha algum intuito criminoso, longe disso. Não fuço ninguém por maldade. Fuço simplesmente porque posso. Porque tenho os dedos mais rápidos do Google Earth e te encontro antes de você conseguir soletrar O-N-D-E-E-S-T-Á-W-A-L-L-Y.
Começa com uma buscazinha no orkut, uma olhada en passant pelas comunidades, pelos scraps, pelos testimonials mais calorosos. Daqui a pouco vira uma pesquisa refinada no Google, um pente fino que devassa tudo que faz de você o indivíduo complexo e subjetivo que é. Ou, pelo menos, o ser Frankenstein que eu monto no meu dossiê imaginário, encaixando as peças e tentando decifrar o indecifrável.
Porque não adianta fugir. Quem tá vivo tá no Google e mais cedo ou mais tarde vai ter seu nomezinho no histórico de buscas de outrem. No futuro que já começou (pois a festa é sua, a festa é nossa, é de quem quiser), todo mundo terá suas 15 ocorrênciazinhas de fama. Ninguém está imune.
Mas não precisa ter medo da internet (ou da Virginia Woolf). Um amigo meu tem medo do Sting. Porque o Sting vai ficar te olhando a cada passo que você der, cada palavra que você disser. Todo dia.
Então fica aí o recado para os que gostam de sair por aí comentando em blogs alheios com pseudônimos malucos ou emitindo opiniões anonimamente. Não pensem que vão se safar dessa assim tão fácil. Hei de persegui-los até as profundezas do inferno, se for preciso, mas irei encontrá-los, um a um. E quando acontecer, vou ficar só na espreita. Que nem o Sting.
I’ll be watching you.

Acessado em 23 de janeito de 2012 no site Adorável Psicose- por Natalia Klein

O gato, a bailarina e a borboleta.

Um gato, um bendito de um gato, era o que ele era, que se encantou por aquela bailarina que rodopiava em sua caixinha de música, a infeliz bailarina. Ele achava os movimentos circulares que ela fazia muito interessantes, esperava que ela mudasse de rota, acompanhava com os olhos, e a queria, armava o salto/ pulo/golpe, ela era linda, e provavelmente seria muito divertida, tão graciosamente vestida!
Mas algo o incomodava, era a música, aquela melodia tranquilizante o sedava ao mesmo tempo que o atraia, e ele não gostava disso, de repente começava a pensar o quão estaria satisfeito se capturasse a bailarina e interrompesse a musica, alguém de súbito fecha a porta por onde ele havia entrado, algo como o destino que os encerrava frente a frente, para um momento decisivo, ao que ele lança um olhar qualquer e continua a observar a bailarina e sua musica, a fascinação era grande.
 Ela percebia que ele a observava, e sentira medo, mas ao mesmo tempo gostava de saber que alguém a observava, se sentia importante, seguia seu curso, dançando ao som da musica... O gato num salto sobre a bailarina a separa de sua caixinha de musica, ela sofrera com a separação de sua dança e começava a pensar em o que seria daí para frente, mas o gato em completo gozo, desfere sutis tapinhas na bailarina tentando fazer com que a bailarina se mova, mas é inútil, ela não é nada sem sua caixa, sem sua música, sem sua dança, não tem mais a mesma graciosidade...
Uma borboleta entra pela janela_ O gato nota a presença da borboleta e se recompõem da diversão com a bailarina, persegue a livre borboleta que dá rasantes pelo ar, como que há o convidar a persegui-la, trazia o vento bom do exterior em suas asas, e as cores da vicissitude, da real vida_ A borboleta sai pela janela_ O gato de pronto segue a borboleta em um salto sorrateiro e a bailarina permanece no chão, sem sentido de ser!

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