hoje eu queria deixar tudo de lado,
a respondabilidade, o medo, o necessário, a idade…
hoje só queria estar em um lugar,
lugar sem nome, mas com aromas, com cores,
com formas e sensações, lugar sem corpo, na verdade
existente nas reminicências do melhor de mim.
hoje eu queria cantar o velho mantra de trazer satisfações
deitada ao sofá como fizera antes,
me permitir esquecer, que o mantra não me trará nada
se não me levantar do sofá,
hoje queria ser criança
poder acreditar em contos de fadas,
sem me deixar ser interrompida pela praticidade da realidade,
sem ser alertada sobre a falha das estórias
em um “feliz para sempre”, sem nada mais,
com tudo que sei hoje é bem logico
que uma vida não é feita só de alegrias.
Hoje queria um mundo onde nomes não tem sentido
e não dizem quem é quem, ou melhor que outrém,
um mundo onde não importa o conceito
e sim o que se é sentido, mundo sem amarras,
onde eu não seria nada, não o nada que existe
que deve vir a ser algo
que resiste na inutilidade, diante da sociedade.
hoje estou presa nas grades da janela do meu quarto
observando um cão que brinca, eu podia brincar com ele
mas tenho muito a fazer e pouco fôlego,
A vida, como se apresenta hoje
é um mar de muitas coisas jogadas ao acaso
e preciso agarrar-me ao máximo das coisas
que flutuam nesse imenso oceano,
mesmo que por perto não esteja sempre o melhor
devo capturar o que for bom,
prender a mim e nadar um pouco mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário